Exma. Senhora
Vereadora do Pelouro do Conhecimento e Coesão Social da Câmara Municipal do
Porto, Dr.ª Guilhermina Rego
Caros parceiros,
colaboradores, amigos,
Hoje assinalamos o
início da obra do projeto Arrebita e as primeiras palavras só podem ser de
congratulações para todos nós. Este é o cumprimento de uma etapa que aguardávamos
todos com imensa expetativa e um passo em frente que é decisivo nas aspirações
que partilhamos de criar em conjunto um modelo social de regeneração urbana no
Porto. Na verdade, este momento reveste-se de um enorme significado que merece
a circunstância desta comemoração pois pela primeira vez podemos testemunhar ao
vivo o impacto prático e efetivo objeto da nossa atuação concertada. Na
verdade, a partir daqui a missão que nos une coletivamente deixa de ser
teórica, uma mera declaração no plano das intenções, mas uma realidade visível,
cada vez mais palpável e que dia após dia, a partir de hoje, será
consubstanciada com os trabalhos realizados neste edifício.
A entrada neste novo
ciclo do projeto Arrebita é o culminar de um esforço extraordinário exercido
por todos vós em sinergia que hoje não posso deixar também de destacar com
profunda gratidão. Na verdade, a forma como atores dos mais diversos setores da
sociedade se têm coalescido em torno desta missão, assumindo-a como própria e
encarando o desafio com um profissionalismo exemplar, é motivo para o nosso
maior regozijo e reconhecimento públicos. Vale a pena recordar, o empenho e a
energia que as sucessivas equipas de jovens arquitetos e engenheiros oriundos
dos mais diversos pontos do globo têm dedicado ao Porto e a esta causa social;
a colaboração inexcedível que uma rede cada vez mais alargada de empresas de
referência tem prestado nos ramos da consultoria, fornecimento, construção,
logística, software e media; e o apoio incansável que o nosso enquadramento
institucional nos tem oferecido, imprescindível neste processo de implementação
singular. Para além ainda da nossa estrutura de coordenação própria que se
entrega ao projeto de forma incondicional, permitam-me invocar a estima e
apreço com que o público em geral também nos tem acompanhado neste percurso, e
cujo feedback tem reforçado a nossa mobilização e valorizado a nossa ação. Por
isso, pelo enorme sentido de compromisso e responsabilidade que todos
demonstraram até aqui e que atesta este momento que presenciamos, estou certo
que posso falar em nome de todos, ao agradecer a cada um em particular: Instituições:
Câmara Municipal do Porto, Fundação Porto Social, Fundação Calouste Gulbenkian,
Porto Vivo Sociedade de Reabilitação Urbana e Associação Instituto de Empreendedorismo
Social; Construtores: Topdomus e Tecreab; Fornecedores: Amorim Isolamentos, Cinca,
Cobert, Gyptec, Portilame, Sanitana, Sinalux, Widinglass e Irmalex; Consultores:
NCREP, Lima Engenharia, IQ Energy, LogAcustica, Costa Simões, Ricardo Silva, DeltaQ,
Dimscale, Pigma, Dryas, Idade do Ferro e Paulo Sousa Topógrafo; Software: Infor,
ArchiCAD e Artlantis; Logística: Lusitania, Hotel InterContinental, Serviço de Apoio
Social da Universidade do Porto, Banco de Bicicletas e Sabergerir; Media: Moodystudio,
Bydas e João Morgado Fotografia de Arquitetura. Sem a vossa parceria não
estaríamos hoje aqui reunidos para celebrar o início da obra.
De facto, hoje
testemunhamos o produto de uma já longa caminhada. O projeto Arrebita foi
concebido em 2011 com a missão de contribuir para combater o problema grave de
abandono que se verifica no centro do Porto, propondo-se a intervir na
reabilitação de edifícios em contextos de necessidade social e interesse
público através da atuação de uma rede colaborativa. Esta abordagem valeu-lhe o
prémio FAZ - Ideias de Origem Portuguesa atribuído pela Fundação Calouste
Gulbenkian. Em Abril de 2012 foi então lançado oficialmente nos Paços do
Conselho dando início a sua fase de implementação com a reabilitação piloto do
edifício devoluto onde nos encontramos. Desde então que elaborámos os projetos
de arquitetura e engenharia, ultrapassámos todas as tramitações legais
inerentes a uma operação deste género e montámos toda a rede aqui presente que
permite a materialização da obra.
No entanto, é por
demais óbvio que nem tudo correu da melhor forma, como é natural num projeto
cuja natureza piloto contém a sua dose de inovação e experimentação. O sintoma
mais expressivo desta entropia é mesmo o facto do momento que hoje assinalamos
dever ter sido concretizado há mais de meio ano e que por conseguinte sofremos
o respetivo atraso face ao plano originalmente gizado para o projeto. Esta
ocasião de festa não será no entanto a mais indicada e propícia para se
dissecar de forma rigorosa e exaustiva toda a experiência desenvolvida até
aqui, o que deverá ser prosseguido sim de forma continuada e sistematizada e
envolvendo todas as partes interessadas. Aproveito por isso para sublinhar a
importância da vossa participação ativa nesta avaliação, já que o veredito que
daqui resultar será determinante para medir a validade prática deste modelo
colaborativo e ajuizar a legimitidade ou não de se flexibilizar o prazo
definido para a conclusão deste piloto e que só muito dificilmente poderá agora
ser cumprido. Enquanto coordenadores, adiantamos a nossa visão: o projeto tem
evoluído a partir da superação das dificuldades que vão emergindo e não
obstante as ilações que há por certo a retirar e aplicar em conformidade, à luz
do presente momento, o balanço só pode ser positivo e justificativo da extensão
do calendário inicialmente estabelecido. Esperamos assim que este momento possa
servir para nos impulsionarmos com confiança para uma nova fase igualmente
desafiante do projeto.
English translation after the jump:
Dear City Council Representative for the Knowledge and
Social Cohesion in Câmara Municipal do Porto ,
Mrs. Guilhermina Rego
Dear partners, collaborators, friends,
Today we mark the beginning of the construction works of
Arrebita, and the first words can only be of congratulations for all of us.
This is the fulfilment of an eagerly awaited stage, as well as a decisive step
forward in regard to our shared ambition to jointly create a social model for
the urban regeneration of Porto . In truth, this meaningful moment deserves
this commemoration since, for the first time, we are able to verify the actual
impact and object of our joint action. In fact, the mission that binds us
collectively is no longer theoretical, or a mere declaration of intentions, but
rather a visible reality, evermore palpable, which will be consubstantiated
with the construction works implemented in this building from this day on.
The beginning of this new cycle of the Arrebita project
represents the pinnacle of an extraordinary effort exerted by all of you
together in synergy, something which I must highlight with profound
gratitude. In truth, the manner in which
stakeholders from many diverse social sectors have been coming together around
this mission, taking it as their own and facing the challenge with exemplary
professionalism, is reason for great delight and public recognition. It is
worth reminding the effort and energy that the successive teams of young
architects and engineers from all around the world have dedicated to Porto and
this social cause; the unsurpassable collaboration of an ever-extending network
of reference companies in the fields of consultancy, supplies, construction,
logistics, software and media; and the indefatigable support offered by our
institutional frame, which has been absolutely essential for this exceptional
process of implementation. In addition to our own coordination structure that unconditionally
dedicates itself to this project, allow me to mention the regard and
appreciation for this project shown by the general public that has been
following this process, and whose feedback has reinforced our mobilization and added
value to our actions. Due to this great sense of commitment and responsibility that
everyone has displayed up to this moment, I am certain that I can speak for all
when thanking each of the stakeholders in particular: Institutions: Câmara
Municipal do Porto, Fundação Porto Social, Fundação Calouste Gulbenkian, Porto
Vivo Sociedade de Reabilitação Urbana and Associação Instituto de Empreendedorismo
Social; Constructors: Topdomus and Tecreab; Suppliers: Amorim Isolamentos, Cinca,
Cobert, Gyptec, Portilame, Sanitana, Sinalux, Widinglass and Irmalex;
Consultors: NCREP, Lima Engenharia, IQ Energy, LogAcustica, Costa Simões, Ricardo
Silva, DeltaQ, Dimscale, Pigma, Dryas, Idade do Ferro and Paulo Sousa Topógrafo;
Software: Infor, Archicad and Artlantis; Logistic: Lusitania, Hotel
InterContinental, Serviço de Apoio Social da Universidade do Porto, Banco de
Bicicletas e Sabergerir; Media: Moodystudio, Bydas and João Morgado Fotografia
de Arquitectura. Without your partnership we would not be here today to
celebrate the beginning of the construction works.
In fact, today we bear witness to the result of an already long
process. The Arrebita project was conceived in 2011 with the goal of
contributing to the fight against the serious abandonment problem in Porto historical centre. It proposed the rehabilitation
of buildings in contexts of social need and public interest through the
intervention of a collaborative network. This approach was awarded with the FAZ
– Ideia de Origem Portuguesa prize by the Calouste Gulbenkian Foundation. In
April 2012, the project was officially launched in the City Hall; the
implementation stage began with the pilot rehabilitation of the vacant building
where we stand. Since then, we have elaborated the architecture and engineering
projects, we have progressed through all the legal proceedings necessary to
such an operation and we have built up the network present here that makes the materialization
of the project possible.
Nevertheless, it is all too evident that not everything has
gone in the best way, as it might be expected in a project whose pilot nature implies
an amount of innovation and experimentation. The most expressive symptom of this entropy is
the very fact that the moment we are marking today should have taken place half
a year early, and we therefore suffered the subsequent delay in regard to the
timeline initially defined for the project. However, this celebration is not
the most appropriate occasion to dissect in a precise and thorough manner how
the process has been developing until now, but rather an opportunity to
encourage its further progress in a continued and systematic way, with all the
stakeholders remaining involved. In view of this, I would like to highlight the
importance of your active participation in this evaluation, as the resulting verdict
will be determinant for assessing the practical validity of this collaborative
model and consider the potential legitimacy of extending the original deadline
for the conclusion of this pilot project, which is now nearly impossible to
respect. As coordinators, we present our vision: the project has been evolving
from the overcoming of the successive difficulties and, in spite of the necessary
inferences to be made and applied where pertinent, the balance can only be
positive in light of the present moment, as well as justification enough for
the extension of the timeline initially established. We thus hope that this
moment might act as a boost of confidence for this new and equally challenging
stage of the project.
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